Rogério, do Sassuolo, coloca Chiesa, Douglas Costa e Dybala entre os mais difíceis de marcar

Entrevista Rogerio Sassuolo

No alto dos seus 23 anos, o lateral esquerdo Rogério já se tornou figura carimbada nas escalações titulares do Sassuolo. Surgido para o futebol no Internacional de Porto Alegre, o brasileiro já acumula na carreira um bom trabalho na Juventus, que assinou seu primeiro contrato na Itália.

Depois de conviver com Buffon nos treinamentos em Turim, e ir e voltar do neroverde algumas vezes, Rogério agora mira levar o Sassuolo às competições da Europa. No alto da rodada 29, o time está na 9ª posição, 12 pontos atrás da primeira vaga para a Conferece League.

Temos a humildade em entender que o Campeonato Italiano é muito difícil e procuramos nos fortalecer a cada temporada. Hoje, buscamos a Europa como objetivo e temos capacidade para isso, apesar de ter 5,6 times mais preparados que o nosso. Mas dentro de campo, apesar de alguns deslizes, demonstramos que merecemos. Então, é continuar trabalhando e acreditando que podemos chegar.

Rogerio, lateral de Sassuolo, em entrevista ao Golazzo

No momento da pausa para as datas Fifa e próximo de nova parada da Serie A para Páscoa e jogos de Europa e Champions League, Rogerio concedeu uma entrevista ao Golazzo.

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Golazzo – Você esteve vinculado à Juventus durante algum tempo, entre idas e vindas do Sassuolo. Como foi a experiência na Juve? Chegou a conviver/ treinar com alguns jogadores em Turim?
Rogério – Verdade, tive uma excelente experiência na Juventus. Um clube novo, um país novo para mim, uma cultura diferente, língua, etc. E fui muito bem recebido pelo clube e por todos os meus companheiros, que me fizeram me sentir mais em casa.

Foi um ano difícil, treinava bastante com o profissional. Cheguei com 18 anos, tive o apoio do Fábio Grosso, por exemplo, e recebia também elogios do Buffon durante os treinos quando eu subia. Isso me motivava bastante e aprendi muito com eles. Eu fui para o Sassuolo com a oportunidade de me profissionalizar, agradei o clube e já estou na minha quarta temporada, me sinto em casa.

Golazzo – O que mais te surpreendeu ao disputar a elite do campeonato italiano?
Rogério
– A qualidade das equipes e a competitividade. São bons times, qualificados, que se preparam bem para a temporada e possuem estrutura de trabalho.

No começo, você se surpreende com o nível técnico e tático que jogam, mas tive uma rápida adaptação ao futebol. É importante para mim ter me firmado em um campeonato e em uma equipe que está buscando objetivos maiores no ano, somos um time competitivo. Temos um grupo unido e alguns jogadores estão aqui há um tempo, isso ajuda.

Golazzo – Sobre seleções, como foi a repercussão das convocações de Ferrari, Locatelli, Caputo e Berardi?
Rogério – São grandes jogadores, estavam vivendo bons momentos e acredito que a seleção seja um grande reconhecimento para eles. Nós, assim como o clube, ficamos muito felizes com isso.

Golazzo – Qual é o objetivo do Sassuolo na temporada e nos próximos anos?
Rogério – Temos a humildade em entender que o Campeonato Italiano é muito difícil e procuramos nos fortalecer a cada temporada. Hoje buscamos a Europa como objetivo e temos capacidade para isso, apesar de ter 5,6 times mais preparados que o nosso. Mas dentro de campo, apesar de alguns deslizes, demonstramos que merecemos. Então, é continuar trabalhando e acreditando que podemos chegar.

Golazzo – O Sassuolo tem jogado cada vez mais sem dar chutão na saída de bola. Porém, o time já tomou alguns gols nessa situação. Qual é a orientação específica do De Zerbi? Você acha que virou o “novo estilo” no futebol italiano?
Rogério – Procuramos trabalhar mais a bola no nosso campo e sair jogando. É uma característica de nós jogadores e do nosso treinador. Se déssemos só chutão, perderíamos muitas partidas. Não temos características pra fazer esse tipo de jogo. É uma mudança constante e conseguimos enxergar resultados positivos. Estamos melhorando nossa linha defensiva, aumentando a marcação na saída de bola. Acreditamos que esse é o melhor modo para vencer.

Golazzo – O Sassuolo tomou uma virada surpreendente do Torino recentemente. O que acha que faltou para o time?
Rogério – Atenção. Acho que ficamos desligados e deixamos o resultado escapar. Os gols que tomamos foram de total desatenção e isso foi do grupo todo. Acordamos quando levamos a virada e já não tínhamos tempo para empatar, fica de lição. Temos consciência da nossa falha e estamos buscando evoluir.

Golazzo – Qual a falta que faz a torcida nos estádios?
Rogério –
Incentivo maior, era importante ter nosso torcedor apoiando e com certeza eram belos espetáculos. O estádio lotado é uma atmosfera única, faz diferença sentir aquela energia. Hoje sinto que os jogos são mais neutros sem a presença do público.

Qual o impacto você tem sentido no calendário aparentemente mais apertado, especialmente quando jogos são adiados e remarcados?
Rogério – É ruim porque não temos muito tempo para treinar melhor ou descansar no tempo certo. Quando são muitos jogos na mesma semana, as vezes não treinamos e isso prejudica nosso desempenho dentro de campo. Mas hoje é a realidade que vivemos, então aceitamos as condições e trabalhamos da melhor maneira.

Golazzo – Quais são os 3 jogadores mais difíceis de marcar no campeonato italiano? Se possível, cite a experiência
Rogério –
Já marquei muitos jogadores, cada um com características diferentes. Acredito que os que exigiram mais atenção foram Douglas Costa, Chiesa e Dybala, todos jogadores muito técnicos e com boa velocidade.


Mais entrevista exclusiva do Golazzo! Confira o trecho do bate-papo que Guilherme Siqueira deu ao Golazzo. Veja o que o ex-jogador da Udinese, Lazio, Inter, Atlético de Madrid e Benfica falou sobre Antonio Di Natale:

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