Aposentadoria de Gilardino deixa apenas 3 na ativa da Itália de 2006

O campeonato italiano mal começou e o mundo do futebol já precisa lidar com a aposentadoria de Gilardino. Sim, o “Gilagol” pendurou as chuteiras após dedicar boa parte dos seus atuais 36 anos ao esporte.

Sua última performance em campo aconteceu vestindo a camisa da Spezia, na Serie B do italiano. Famoso por comemorar cada um dos gols marcados tocando um violino, Alberto Gilardino agora é um a menos em ação da geração da Itália que venceu a Copa do Mundo 2006.

De acordo com informação do jornalista Gianluca Di Marzio, Gilardino já tem um futuro a alcançar no horizonte. Depois de tanto tempo envolvido com o futebol, o atacante italiano seguirá os passos de outros tantos da geração de 2006 e se tornará técnico. Com o pensamento já lá na frente, Gila concluiu o treinamento para a nova profissão e adquiriu as licenças UEFA A e UEFA B.

O que isso quer dizer?

Bem, ele não pode mais entrar em campo como jogador por nenhuma equipe italiana. Por isso, ele acompanhará os demais jogos da Spezia da tribuna, já com o olhar de treinador. Até o momento, não há nada oficial sobre qual equipe ele comandará.

A exemplo de seus companheiros de Itália, é de se esperar que ele fique à frente de times da segunda divisão. Inzaghi, também ex-atacante, treinou o Venezia ano passado e hoje está no Bologna. Já o zagueiro Alessandro Nesta é responsável por comandar o Perugia. Seu parceiro de zaga, Cannavaro, segue carreira firme na China. Para finalizar, entre tantos outros, Gattuso se destaca à frente do Milan pelo segundo ano seguido.

Por falar em Itália de 2006, agora restam somente três jogadores campeões na ativa. São eles: Buffon, no PSG; De Rossi, na Roma e Barzagli, na Juventus.

A carreira de Alberto Gilardino

Clubes

Seguindo a tradição de demais atacantes italianos, Gilardino passou por diversos clubes depois dos anos mais sólidos. A boa fase aconteceu justamente no pré e pós-Copa do Mundo de 2006.

Após chamar atenção no Parma, ele se transferiu para o Milan com a responsabilidade de dar sequência ao trabalho de Inzaghi e Shevchenko. O nível não foi o mesmo, mas os gols e títulos vieram. Hoje é possível dizer que ele participou da última era vencedora do clube rossonero.

De lá, ele foi para a Fiorentina, onde também teve que substituir um medalhão, desta vez Luca Toni. Foi com a viola que ele marcou mais gols por um time em toda sua carreira, 59 no total.

Já na segunda metade da carreira, ele também foi jogar na China, onde ficou pouco tempo. Acabou retornando e ficando na Itália.

1999-2000 – Piacenza
2000-2002 – Verona
2002-2005 – Parma
2005-2008 – Milan
2008-2011 – Fiorentina
2012-2014 – Genoa
2014-2015 – Guangzhou Evergrande
2015 – Fiorentina
2015-2016 – Palermo
2016-2017 – Empoli
2017 – Pescara
2017-2018 – Spezia

Gols

Atacante italiano clássico, com pouca habilidade, mas muito senso, Gilardino foi autor de 273 gols. Como dito acima, as fases mais matadoras aconteceram vestindo as camisas do Parma, quando bem jovem, depois com o Milan e a Fiorentina em seguida.

Vestindo a camisa da Itália, Gila guardou 19 gols. Destes, um dos mais importantes aconteceu em 2006, na Copa. Ainda na fase de grupos, ele fez de cabeça no empate com os Estados Unidos.

A comemoração do violino

Aposentadoria de Gilardino fim do violino
A clássica comemoração de Gilardino, o violino que não tocará mais (Vivozzurro)

Os jogadores italianos têm uma certa vocação para comemorações de gol criativas (clique aqui e veja algumas delas). Com Gilardino não é e nunca foi diferente.

Quem o viu marcar gols pelos times descritos acima sabe que, ao sacramentar cada um deles, o jogador exultava simulando tocar um violino. Reza a lenda que, na época que jogava pelo Parma, a comemoração teria surgido como ideia de  celebrar os gols com algo criativo e original. E assim foi até sua aposentadoria.

Títulos

Os títulos mais emblemáticos e importantes aconteceram na época do Milan e defendendo a Itália. Além da taça do mundial, ele venceu a Champions League, a Liga Chinesa e encerrou a Serie A de 2005 como melhor jogador.

Milan
  • Liga dos Campeões da UEFA: 2007
  • Supercopa Européia: 2007
  • Copa do Mundo de Clubes da FIFA: 2007
Seleção Italiana
  • Campeonato Europeu Sub-21: 2004
  • Bronze Olímpico: 2004
  • Copa do Mundo: 2006
Guangzhou Evergrande
  • Super Liga Chinesa: 2014

 

 

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